Vistoria de Entrega, o que é? Quais são suas aplicações práticas e quando o Cliente deve contratar?
A Vistoria de Entrega respalda e/ou protege o Construtor e o Incorporador, quando estes últimos precisam entregar as unidades autônomas, sejam elas apartamento, cobertura, sobrado, sala comercial, etc..
Durante o ato da Vistoria de Entrega, o Engenheiro Vistor é o Preposto, ou Representante Legal eleito sobre procuração pelo Construtor e Incorporador, pois suas funções técnicas são os apontamentos em laudo técnico, mais precisamente das patologias construtivas, anomalias endógenas que possam impactar na não aceitação da unidade autônoma pelo Cliente.
O Comprador da unidade autônoma e Leigo em Engenharia, inequivocamente recebe orientação do Engenheiro Vistor, mais precisamente através da Vistoria de Entrega, objetivando-se o apontamento isento dos erros de execução e projeto para que a Construtora e Incorporadora os erradique antes da entrega das unidades autônomas para os Clientes.
A Vistoria de Entrega elenca minuciosamente para a Construtora, absolutamente todos os vícios construtivos aparentes e ocultos aos olhos do Leigo na unidade autônoma, cujos problemas e/ou pendências podem ser: falta de caimento mínimo nos pisos para os ralos; emperramento das portas; problemas em tomadas e interruptores elétricos; má regulagem do flush das descargas; falta de caimento dos peitoris e a má vedação das janelas; falhas nas montagens de quadros elétricos; não funcionamento de torneiras; fissuras, trincas e problemas estruturais.
As Normas Técnicas Vigentes da (ABNT) NBR-14.037/2.011 (Manual de Uso e Operações) e NBR-15.575-1/2.013 (Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 01: Requisitos Gerais), inquestionavelmente devem ser seguidas pelo Engenheiro Vistor, durante a laboração da Vistoria de Entrega.
Artigo técnico escrito pelo Engenheiro Civil e Técnico em Eletrônica com Especialização em Perícias de Engenharia formado na 13ª Turma da (FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado), Roberto Alencar no dia 01/09/2020.
Foto nº 01 – Vista do descolamento dos porcelanatos em piso cerâmico na sala de estar do apartamento, durante a vistoria de entrega para o adquirente da unidade autônoma.
Foto nº 02 – Vista do descascamento da textura na fachada frontal do sobrado em condomínio, devido à inaplicação de componentes hidrofugantes que impermeabilizariam a colmatariam os poros do revestimento contra a percolação de água.