Laudo Pericial, o que é? Quais são suas aplicações práticas e quando o Cliente deve contratar?
O Laudo Pericial objetiva, um minucioso estudo das causas que deflagram as patologias construtivas nos Imóveis, onde o Perito identifica não só os nexos causais, mas suas soluções reparatórias.
Deslocamento do revestimento cerâmico da piscina, fissurações sobre a textura da fachada predial, trincas e infiltrações generalizadas nas garagens prediais, principalmente quando as anomalias construtivas retro descritas se encontram cobertas pelos prazos de garantia, conforme determina o Anexo – D da (ABNT) NBR-15.575/2.013 (Edificações Habitacionais – Desempenho), tanto o Síndico, quanto quaisquer Proprietários devem recorrer à contratação de um Laudo Pericial.
O Laudo Pericial determina se as patologias construtivas foram originadas, por imperícia de execução da obra, projetos falhos, memoriais descritivos com vícios ou omissões de especificações técnicas, materiais defeituosos, mau uso do Usuário e/ou ausência de manutenção periódica e preventiva.
Com o Laudo Pericial, o Proprietário independente do tipo da Edificação, inequivocamente possui um robusto estudo de Engenharia Diagnóstica para que sejam pleiteadas perante as Construtoras e/ou Incorporadoras, absolutamente todos os reparos dos defeitos construtivos, ou até mesmo a indenização destes últimos, tanto no âmbito extrajudicial ou judicial.
A causa das patologias construtivas é determinada na maioria das vezes, através do simples exame visual, porém há alguns casos que, o Perito no Laudo Pericial, também lança mão de ensaios destrutivos ou tecnológicos, cujas investigações visuais, não sejam suficientes.
O Laudo Pericial é um estudo preciso para apuração das responsabilidades técnicas, quanto à existência das patologias construtivas em uma dada Edificação.
Artigo técnico escrito pelo Engenheiro Civil e Técnico em Eletrônica com Especialização em Perícias de Engenharia formado na 13ª Turma da (FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado), Roberto Alencar no dia 30/10/2020.
Foto nº 01 – Vista das fissuras sobre o muro de divisa, devido à ausência de rufo metálico para a quebra do fluxo d’água pluvial.
Foto nº 02 – Vista da rachadura irregular entre o pilar em concreto armado e a parede de alvenaria na fachada lateral, cuja patologia surgiu, devido a ausência de entelamento, mais precisamente na interface “alvenaria + estrutura”.